Esta semana o jornalista Gil Oliveira publicou no Política Dinâmica uma matéria sobre prefeitos do PSD que anunciaram apoio a Sílvio Mendes (União Brasil) para o governo do Estado sem, contudo, se desfiliarem do partido. Gil avaliou que, então, no PSD esse comportamento estava liberado. O deputado federal Júlio César entrou em contato com o PD. E garantiu que não existe essa história de “liberar” os filiados para votar contra a orientação do partido.
Por meio de ligação telefônica, Júlio afirmou que nunca liberou ninguém.
-- O PSD vai punir quem aderir à campanha de Sílvio?
-- O PSD nunca puniu nem a nível nacional, nem a nível estadual!, reconheceu o deputado.
Ou seja, o PSD não vai punir infiéis.
Júlio seguiu dizendo que seu partido respeita os entendimentos locais. E assegura que seus filiados têm a maior taxa de fidelidade dentre os políticos do Piauí.
-- Fidelidade que o senhor fala é o voto no senhor, né?
-- Na gente e no nosso candidato, que é o Rafael... [Fonteles, do PT, pré-candidato ao governo do Estado], acrescentou o parlamentar, que continuou:
-- Todo mundo que quer votar no Sílvio, a gente conversa, a gente faz um apelo, e quando não é possível, deixa. Agora, nunca liberamos ninguém. Você está entendendo?, explicou o presidente do PSD no Piauí.
-- E quem é o candidato a presidente que seu partido apoia?
-- Nosso candidato é o Lula. E nunca liberamos ninguém pra votar no [Jair] Bolsonaro e em nenhum outro candidato!, alegou, enfático, do outro lado da linha, garantindo que ele tem lado.
No último mês de março, o PSD de Júlio César fez um swing partidário com o MDB. Os deputados estaduais do PSD se filiaram ao MDB, os federais do MDB se filiaram ao PSD.
Nessa suruba eleitoral, o deputado estadual Georgiano Neto virou emedebista. Mas quer os votos dos prefeitos e vereadores do partido de seu pai.
Ou seja, Júlio César não poderia punir infiéis do PSD porque, se o fizer, teria que punir qualquer um que anunciasse apoio ao seu próprio filho.
No PSD está liberado votar fora do partido, não porque eu acho, ou porque o Gil avalia assim.
Simplesmente por que é assim. É o que é.
No PSD ninguém vai ser punido por votar fora do partido. Aliás, no MDB também não, afinal são dois lados do mesmo “casamento aberto”.
Sem frescura, por favor.
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