Nenhum prefeito eleito no Piauí em 2024 chega em 2025 com tanta responsabilidade quanto o médico Sílvio Mendes (União Brasil), que assume pela 3ª vez o comando da gestão municipal de Teresina.
Eleito em primeiro turno com 239.848 votos (52,19% dos votos válidos) em 2024, Sílvio teve que derrotar a influência política, financeira e institucional da Assembleia Legislativa, da Prefeitura de Teresina, do Governo do Estado e do Governo Federal.
É um feito que se impõe como aspecto político-social de cada dia de trabalho do novo prefeito da capital. E, assim sendo, para além de toda a desordem que deve ser enfrentada do ponto de vista administrativo em Teresina, deve influenciar todo o estado.
Posse e Transmissão do Cargo
A posse aconteceu às 11h no teatro do SESC Cajuína que, curiosamente, leva seu nome, Sílvio Mendes. Ao lado do vice-prefeito Jeová Alencar (Republicanos), Sílvio se torna o 22º prefeito eleito de maneira direta e o 55º mandatário se contarmos os chefes do Executivo desde a Proclamação da República.
A transmissão do cargo aconteceu em seguida, às 13h, no Palácio da Cidade, sede do governo municipal, onde o agora ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD) passou a faixa de prefeito a Sílvio, sempre acompanhado de sua esposa, filhas e netos.
Trabalho
Sílvio, aliás, não deve ter mais descanso segundo apontaram suas primeiras declarações à imprensa. Disse ainda no ato de posse que contratos vigentes, -- licitados ou não -- serão revisados; que não será admitida a visita de fornecedores diretamente à Prefeitura e que a comunicação com ele deverá ser feita de maneira formal e que já elegeu a prioridade de ação de todas as secretarias de sua gestão.
Saúde, Educação e Limpeza Pública são as urgências imediatas dos primeiros dias de trabalho.
Reequilíbrio
Querendo ou não, aos 75 anos, Sílvio se torna oficialmente uma das forças de (re)equilíbrio político do Estado e, no limite de suas ações administrativas e regras próprias de composição política, é, agora, o contraponto ao poderio do governador Rafael Fonteles (PT).
Todo político pensa em perspectiva de futuro. E se nada na sociedade se resolve fora da política, a própria sociedade se move, em grande parte, sob a perspectiva de futuro que os políticos têm.
Até ontem, Rafael era governador do Piauí sem o problema de ser comparado com ninguém, afinal só o gestor de Teresina tem envergadura objetiva para isso e, nestes dois últimos anos, ser maior do que o Dr. Pessoa não requisitou esforço algum do petista. Agora, Rafael é muito mais candidato à reeleição do que governador e deverá ser comparado no que for possível com Sílvio Mendes. E será responsabilizado por aquilo que não for de competência municipal, coisa que Pessoa não soube fazer.
Essa mudança de perspectiva é enorme e afeta todos os demais municípios do Piauí.
“Não é fácil, os desafios são grandes, mas tenho certeza, a coragem é maior”, disse Sílvio em seu discurso.
É decisivo que mostre isso em suas ações.
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