A matemática de Fábio Novo não parece estar fazendo sua pré-campanha crescer. E não serve para potenciais aliados importantes que ele possa ter no futuro. O PDT, por exemplo, não gostou nem um pouco de ouvir pelos corredores da Câmara Municipal de Teresina que a presidência da casa esta prometida para o vereador Venâncio Cardoso, hoje filiado ao PSDB, mas de malas prontas para o PT.
Venâncio é o que existe hoje de mais parecido com um “Rafaboy” na CMT. Filho de uma ex-deputada estadual e hoje conselheira do Tribunal de Contas do Estado, ele é, de fato, aliado de primeira hora de Fábio Novo. Mas não é uma soma. A campanha dele nunca seria contra os interesses do governador Rafael Fonteles (PT), ou seja: lhe prometendo o mundo ou dando-lhe apenas um “tapinha” nas costas, ele vota no candidato do governo.
Com o PDT é diferente
Semanas atrás, o anúncio de Evendro Hidd e de Enzo Samuel ajudou Fábio a construir na mente de lideranças e jornalistas a ideia de que sua campanha é mais ampla do que realmente é e que se estenderia, hoje, para além dos muros do Karnak. O PDT, que influencia pautas e parlamentares, quer mais do que tem neste momento. Nesse caminho, apoio para manter o comando da Câmara é o mínimo que se pode prometer ao partido para ele sentar à mesa.
Na última semana, por exemplo, Venâncio Cardoso fez festa e anunciou a conclusão do primeiro curso da recém-criada Escola do Legislativo de Teresina. Enzo, que criou e deu o nome do ex-prefeito Firmino Filho à escola não saiu na foto.
O grupo de vereadores que forma a base do presidente da Câmara percebeu a movimentação incomum, do tipo que políticos ansiosos não conseguem esconder e que os mais experientes de decifram instantaneamente. Eles acreditam que Fábio não gostou de Enzo ter anunciado apoio a ele mas não postar fotos e vídeos em suas redes sociais. E por isso, a Câmara foi oferecida a Venâncio.
Já há repercussões que subtraem números de Fábio Novo.
Na última sexta-feira (1º), Enzo reuniu-se com Franzé Silva e a pauta não foi de amenidades.
É como se o presidente do Legislativo Municipal e o presidente do Legislativo Estadual tivessem certeza de que nenhum dos dois pode deixar de fazer pré-campanha.
Quem tem tempo, não tem pressa.
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