Quem andou plantando que os deputados Dr. Francisco Costa (PT), Florentino Neto (PT) e Jadyel da Jupi têm qualquer força de comando ou expectativa que o seja sobre a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí, está passado vergonha. Os três se deram bem em 2022, foram eleitos pela estrutura da SESAPI e acabou aí. Mudou o governador, mudou o procedimento.
Atualmente senador e ministro, Wellington Dias (PT) teve Francisco e Florentino como secretários de Saúde de suas últimas gestões como governador. E os dois tiveram Jadyel como fornecedor privilegiado. E nos bastidores, ninguém consegue negar, foram três das mais “estruturadas” campanhas que já se viu na história do Piauí, embora não se possa dizer o mesmo da Saúde no estado durante o mesmo período em que os três atuaram nela. A Polícia Federal -- dentre outros órgãos de controle e fiscalização -- que o diga.
RAFAEL NÃO É WELLINGTON
Mas fato é que o atual governador Rafael Fonteles não é Wellington. Quer ser mais. Tem que ser mais, pro bem do Piauí, espera-se. Logo, tem que ser mais eficiente e este é o obstáculo fundamental para os federais enconstarem na SESAPI: nem Francisco, muito menos Florentino, pior ainda Jadyel conseguiriam mandar o mínimo ali sem pensar na próxima eleição, ainda que isso custasse mais filas para atendimentos, mais grávidas transportadas em táxis improvisados ao invés de ambulâncias ou material hospitalar superfaturado.
Esta semana chegaram a falar que Merlong Solano (PT), recém empossado deputado federal efetivo na vaga deixada pela ex-primeira dama Rejane Dias – que virou conselheira do TCE-PI – também poderia assumir a Saúde para que o ex-governador Wilson Martins (PT).
Baboseira emitida em folhas de cheque que a vergonha alheia não pode cobrir.
O COMANDO DA SESAPI VAI MUDAR
Antônio Luís, atual secretário de Saúde vai, sim, em algum momento, deixar o cargo. Voltará para a Secretaria de Fazenda e seu substituto na SESAPI já está escolhido: o médico Dirceu Hamilton Campelo. Amigo quase irmão do governador Rafael e dentre tantos outros fatos que não são coincidência, compadre do secretário de Governo, Marcelo Noletto, que é padrinho do filho de Dirceu.
Onde é que cabe Dr. Francisco, Florentino, Jadyel ou quem quer que seja aí no meio que não seja do círculo íntimo do governador?
Não cabe.
Aliás, com três meses de um novo modelo de gestão, a SESAPI já zerou a fila de UTI no Hospital Infantil e a fila de cirurgias de marcapasso e ontem (23) anunciou um aporte de R$ 20 milhões para a Saúde com a finalidade de zerar todas as filas de cirurgias eletivas ainda este ano. São, ao todo, mais de 14 mil pessoas esperando, segundo anunciado pelo próprio governador.
Talvez ele não tenha dito por educação política, mas eu posso falar por dever de jornalismo: essas filas são herança de Francisco, Florentino e Jadyel. E de Wellington e o antigo modo de (não) fazer as coisas, claro.
Deu pra entender, né?
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