Demitido do cargo de secretário de Finanças de Teresina, o auditor fiscal Admilson Brasil agora será imagem meramente ilustrativa na Secretaria de Governo da Prefeitura Municipal de Teresina. A troca foi anunciada na manhã desta segunda-feira (06) pelo próprio prefeito Doutor Pessoa (Republicanos).
Admilson conseguiu duas proezas que não são para qualquer um: fazer as pessoas sentirem saudades de Robert Rios na Secretaria de Finanças e ser demitido da mesma secretaria por dois prefeitos completamente diferentes no modo de gerir a cidade. Ou seja, tudo indica que o problema era, de fato, Brasil.
A ocasião faz o... secretário!
É. Para quem não lembra, Admilson foi secretário de Finanças de Firmino Filho (PSDB), entre os anos de 2013 e 2014, durante a terceira vez em que o tucano foi prefeito de Teresina.
As histórias que se contavam dele àquela época nos bastidores são as mesmas que motivaram o prefeito Doutor Pessoa a convidá-lo a retirar-se da sala do cofre e tomar-lhe as chaves das portas e gavetas.
Só para constar: Admilson – que não tem pezinhos de lã – sai da secretaria deixando contas e mais contas da Prefeitura em atraso e uma previsão pessimista para as finanças do Município. Lá na frente, quando o Tribunal de Contas do Estado estiver julgando, os técnicos do TCE vão certamente observar que há diferenças nada sutis entre os critérios internos de pagamentos entre as gestões financeiras de Robert Rios e Admilson Brasil.
Bota alguém pra vigiar...
A Secretaria de Governo que Admilson assume agora, aliás, visivelmente tem relevância que tende a zero do ponto de vista político. Isso se deve principalmente ao fato de que toda a articulação que qualquer um faz ali com as mãos, o prefeito destrói com os pés há quase três anos.
Brasil é do ramo financeiro e não deu certo nas Finanças. Sem ser do ramo político, alguém acha que ele vai dar certo em qualquer função que lhe seja atribuída para melhorar a articulação política do Doutor Pessoa? Improvável.
Dá até pra se perguntar: como é que o prefeito entregaria a articulação política de sua campanha de reeleição a alguém em quem ele não confia mais para lidar com o dinheiro público? Segundo uma fonte no Palácio da Cidade, o convite para a Semgov não passa de uma cala-boca, para Admilson não sair atirando tal qual fez Robert Rios.
Ainda assim, sendo secretário de Governo, ele vai assinar papéis que têm valor jurídico. Então, bom alguém ficar de olho neles, pois Admilson, nos últimos meses, vinha sofrendo com problemas de visão.
Ou de falta dela.
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