MP QUER IMPEDIR QUE PREFEITURAS EM ATRASO GASTEM COM CARNAVAL

O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Piauí, Cleandro Moura, expediu recomendação aos prefeitos municipais, para que não sejam utilizados recursos públicos na promoção de festas carnavalescas e shows. A medida vale para as cidades que estejam com  o pagamento dos servidores em atraso.

Cleandro Moura quer evitar gastos com carnaval (Foto:JailsonSoaresqPoliticaDinamica.com)

Cleandro Moura afirma que a prioridade deve ser o cumprimento das obrigações com o funcionalismo público. As orientações devem ser seguidas mesmo que o inadimplemento atinja apenas parcela dos servidores, incluindo comissionados, temporários e inativos.

 “Os munícipes de várias cidades do Estado do Piauí presenciam a utilização de recursos públicos para realização de festas e shows artísticos, em detrimento da falta do regular funcionamento dos serviços públicos, especialmente no que se refere ao atraso e inadimplemento de pagamento de servidores municipais”, frisa o chefe do Ministério Público.

 Segundo o procurador, não é aceitável a gastança de recurso público em festas carnavalescas, se existirem débitos salariais. Cleandro recomendou, ainda, que os Promotores de Justiça diligenciem no sentido de verificar o cumprimento das orientações por parte dos prefeitos, de forma a garantir a aplicação dos princípios da legalidade e da moralidade administrativa.

Constatada a ocorrência de utilização de recursos públicos para realização de festas e shows artísticos em prejuízo do cumprimento da obrigação constitucional do devido pagamento aos servidores públicos, os promotores de Justiça procederão à análise da notícia no âmbito da improbidade administrativa. Os fatos apurados devem ser comunicados à PGJ, para que sejam adotadas medidas na seara criminal.

“A realização de gastos com festividades na pendência de quitação – parcial ou integral – dos salários dos servidores públicos tem o potencial de violar o princípio constitucional da moralidade administrativa, caracterizando ato de improbidade administrativa, bem como crime de responsabilidade”, explica.

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