Depois de vereadores de Gilbués, foi a vez de parlamentares da cidade de Flores, também no Piauí, perderem o mandato por conta de fraude na cota de gênero. Os últimos a rodarem pertencem ao PSD, que, segundo a acusação, lançou algumas "laranjas" nas eleições proporcionais de 2020.
A decisão, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI), foi divulgada no último dia 17. Sobrou para os titulares: Joaquim Ferreira da Costa (o Djaime de Marçalina), Leandro Ribeiro de Sousa Sá e Talison Alves Carvalho e também para os suplentes: Augusto Hipólito Ferreira, Carlene Borges dos Santos, Francisco de Assis Barros Júnior, Joselmar Pereira dos Santos, Maria Aparecida Soares do Rosário e Maria Naiara Piauilino de Sousa.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a esperteza aconteceu da seguinte forma:
“O PSD foi punido pelo lançamento das candidaturas fictícias de Carlene Borges dos Santos, Maria Aparecida Soares do Rosário e Maria Naiara Piauilino de Sousa. A então candidata Carlene Borges teve votação ínfima (13 votos) e nem sequer votou em si mesma. Além disso, pediu votos para o seu marido e candidato ao cargo de vereador, Djaime de Marçalina, apresentou prestações de contas padronizadas e nítida intenção de atender apenas à formalidade, sem efetivo cumprimento da legislação”.
“Para o MP Eleitoral, não resta dúvida de que Djaime de Marçalina, eleito com 237 votos, foi beneficiário da fraude ao sistema de cotas de gênero, pois lançou a esposa como candidata apenas para cumprimento da exigência legal. As apurações também demonstraram que Aparecida Soares – que recebeu quatro votos - e Naiara Piauilino (sete votos) foram igualmente candidatas fictícias, pois obtiveram votação inexpressiva, não praticaram atos de campanha e não tiveram arrecadação, nem gastos de campanha”.
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